sábado, 31 de maio de 2008

Cuba quer Brasil como parceiro número um, diz vice-presidente cubano

Havana, 31 mai (EFE).- O vice-presidente cubano Carlos Lage afirmou que seu país está disposto a ter o Brasil como seu principal parceiro, como expressou de forma recíproca na última sexta o chanceler brasileiro, Celso Amorim, que hoje se reuniu com o presidente de Cuba, Raúl Castro.

Agora temos o desafio de que o Brasil seja o parceiro número um de Cuba e estamos favoravelmente dispostos a este objetivo", disse hoje Lage em declarações divulgadas pela oficial Agência de Informação Nacional (AIN) durante um encontro com Amorim.

Amorim disse nesta sexta, que "neste momento novo, renovado, que vive Cuba o Brasil não quer ser o parceiro número dois ou número três, mas sim o parceiro número um".

Fontes brasileiras informaram à Agência Efe que hoje Amorim se reuniu e almoçou com Raúl Castro. No encontro, Amorim entregou a Raúl uma carta enviada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva na qual o governante brasileiro agradece pela hospitalidade e convida o presidente cubano a visitar o Brasil.

Raúl recebeu o convite de forma "positiva" embora não tenha dado uma resposta sobre uma possível viagem ao Brasil.

O encontro entre os dois líderes aconteceu depois que o chefe da diplomacia brasileira e Carlos Lage liderassem uma sessão conjunta de representantes de ambos países com o intuito analisar como estão os 10 acordo assinados em janeiro.

Esses acordos abrangem, entre outros, o setor agrícola, o energético e o médico-farmacêutico e incluem créditos para o financiamento da compra de alimentos -neste momento no valor de 200 milhões de dólares-, a ampliação de uma planta de níquel e equipamentos para a piscicultura.

Estes acordos abrangem, entre outras questões, os setores agrícola, energético e o médico-farmacêutico e incluem créditos para o financiamento da compra de alimentos - neste momento, no valor de US$ 200 milhões -, a ampliação de uma usina de níquel e equipamentos para a piscicultura.

Segundo o ministro de Comércio Exterior, Raúl de la Nuez, o comércio bilateral ficou em torno dos US$ 450 milhões em 2007, especialmente por causa das importações cubanas de alimentos, da maquinaria agrícola e dos equipamentos de transporte.

Além disso, disse que Cuba está aumentando suas exportações para o Brasil, principalmente de produtos de biotecnologia e da indústria farmacêutica.

Após participar na última sexta de um fórum empresarial, Amorim destacou a colaboração no setor de alimentos e disse a jornalistas que está em processo de estudo um crédito, que poderia chegar a US$ 600 milhões para financiar infra-estruturas e serviços.

No mesmo dia, Amorim se reuniu com o chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, que chamou a visita de seu colega brasileiro de "momento de importância excepcional nas relações e deixará como marca um renovado impulso às relações entre os países".

Fontes da Chancelaria brasileira disseram que Amorim viaja hoje para Roma, onde acompanhará o presidente Lula na reunião da FAO e se encontrará com representantes da Secretaria de Comércio dos Estados Unidos para discutir a Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

UOL