Papa Francisco recebe presidente cubano Raúl Castro para retomada das relações diplomáticas
Encontro privado durou quase uma hora, o que é bastante para os padrões diplomáticos do Vaticano
O
presidente de Cuba, Raúl Castro, foi recebido no domingo (10) pelo papa
Francisco, que mediou um acordo entre Havana e Washington para a
retomadas das relações diplomáticas. O encontro privado durou quase uma
hora, o que é bastante para os padrões diplomáticos do Vaticano.
Ao
sair, Castro disse a jornalistas que agradeceu Francisco “pelo que ele
fez”, referindo-se à intermediação com os EUA. O papa, que é argentino e
conversou com o presidente cubano em espanhol, estava de bom humor.
Presidente de Cuba, Raúl Castro, se reuniu com o Papa Francisco no Vaticano.(Foto: Vincenzo Pinto/AFP)
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“Acho
que arruinei o domingo de vocês”, brincou com os jornalistas. Ele deu a
Castro uma medalha de São Martinho de Tours. “Com seu manto ele cobre
os pobres”, disse o pontífice ao líder cubano.
O
irmão de Raúl, Fidel, que governou Cuba por décadas, havia se
encontrado com o papa João Paulo II no Vaticano em 1996, abrindo caminho
para a visita do líder católico à ilha em 1998. O antecessor de
Francisco, o papa Bento XVI, também esteve em Havana.
Já
no sábado (9), na capital cubana, a filha de Rául Castro, Mariela,
apoiou uma cerimônia de união entre casais homossexuais, mesmo o
casamento gay sendo proibido na ilha. Mariela dirige o Centro de
Educação Sexual, que tem defendido os direitos dos gays, e o evento faz
parte das preparações para o Dia Global contra a Homofobia, em 17 de
maio.
Embora
Mariela tenha sido cuidadosa para não chamar a cerimônia de
“casamento”, duas dezenas de casais gays receberam as bênçãos de
clérigos protestantes vindos dos EUA e Canadá. Ela não participou
pessoalmente do evento, mas liderou uma caminhada pelos direitos dos
homossexuais
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